Leitura bíblica: Romanos 9.20 e 21
Versículo-chave: Isaías 10.15 – “Porventura, gloriar-se-á o machado contra o que corta com ele? Ou presumirá a serra contra o que puxa por ela? Como se o bordão movesse aos que o levantam ou a vara levantasse o que não é um pedaço de madeira!”
Em algum momento você já se surpreendeu ao observar a beleza de algum objeto de arte: um quadro de algum pintor famoso, uma escultura, uma estatueta, um bordado cujo avesso se confunde com o lado direito tamanha é a perfeição do trabalho? Uma joia cheia de pequenos e delicados detalhes, um vaso pintado à mão ou um mosaico cujas peças com perfeição se encaixam já chamaram a sua atenção?
Ao se deter na observação de tais coisas, o que vem à sua mente, a habilidade do artista ou a ferramenta usada por ele ao executar o seu trabalho? Deus é o artista: o oleiro, o pintor, o compositor, o arquiteto, o escultor... nós somos apenas as ferramentas que Ele utiliza. Sua caixa de ferramentas é ampla. Há toda espécie delas: martelo, formão, tesoura, pincel, lixa e tantas outras. Cada uma tem uma função. Há uma diversidade de utilidades entre tais ferramentas, mas quem afia, prepara e usa cada uma delas é o Senhor.
Os instrumentos de Deus para a execução de Sua obra somos nós, mas o centro das atenções não está nos instrumentos e, sim, no artista. A causa da queda, do fracasso do trabalho de muitos ministros está no fato de se esquecerem de que são APENAS ferramentas, não podem ir além de somente serem usados por Deus.
Releia o versículo-chave de hoje. Nenhum equipamento consegue executar sua missão sem o auxílio de uma força que o mova, que o impulsione. Se um mero instrumento se vangloria de ser portador de um poder maior do que o daquele que o utiliza, corre o risco de ser descartado. Está escrito: “Mas, agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai; nós, o barro, e tu, o nosso oleiro; e todos nós, obras das tuas mãos (Isaías 64.8).Tudo está nas mãos do Oleiro Supremo que é Deus e a criatura não pode exigir nada do criador. Isso descarta qualquer possibilidade tentadora de nos orgulharmos das conquistas pessoais. Devemos, sim, nos orgulhar de possuir as digitais do Oleiro em nós. Quando mais formos modelados por Ele, quanto mais sentirmos do seu toque, mais das marcas de suas mãos, teremos e mais será transferido a nós de sua identidade.
É preciso entender, então, que é um privilégio ser “manejado” por Deus e perceber que somente seremos úteis à proporção que permitirmos que esse manejo seja apenas DELE, assim como toda honra, glória, elogio e reconhecimento devem ser atribuídos exclusivamente a Ele.
Rônia Malafaia
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